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Liberdade

“Liberdade – essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda.” – Clarisse Linspector

Quem nunca desejou ser livre? Todos sabemos a importância da liberdade, mas porque ela é tão importante?

Liberdade é uma palavra muito utilizada no dia-a-dia. No senso comum é entendida como uma forma de expressar aquilo que tudo pode, sem restrições, sem consequências: “Se eu fosse livre, iria fazer isso…” Ou seja, a liberdade compreendida dessa maneira coloca a pessoa que é livre como aquela que não possui impedimentos físicos para fazer algo.

Entretanto, há outras formas de entender a liberdade. Vários pensadores e pensadoras refletiram sobre o papel da liberdade para nossa existência. Para os preceitos existencialistas a liberdade possui outra forma, pois ser livre é acima de tudo ter consciência do que se faz.

 

Liberdade e Existencialismo

Para o existencialismo ser livre não consiste em fazer “tudo o que se quer”, pois isso é impossível. Ser livre é ter a liberdade para escolher a partir das oportunidades que se apresentam. Concretizar projetos previamente planejados e ter a consciência e reflexão para escolher da maneira mais autêntica e verdadeira para si mesmo, é o melhor caminho para a liberdade existencial.

“Não importa o que fizeram de ti, mas o que você faz com o que te fizeram” – Jean-Paul Sartre

Ser livre é poder ser você mesmo, buscando não se preocupar com o que dizem ou pensam de ti. Se outras pessoas interferem nas suas escolhas, mude, se reinvente, mostre pra você mesmo que sua vida não tem um roteiro pronto, que é você quem decide o que fazer com seu destino, ou seja, o que você faz com a sua vida só depende de você. Não se deixar levar pelo que os outros dizem, perceber que ninguém pode impedir seu crescimento pessoal e arriscar novas possibilidades fazem parte daquilo que o existencialismo compreende como ser livre.

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As escolhas

Escolhemos nosso próprio caminho e todos os dias temos a oportunidade de estar mudando a direção que queremos seguir. Na maior parte do tempo realizar escolhas não é uma tarefa fácil, principalmente porque, quando escolhemos seguir um caminho, deixamos de lado várias oportunidades. Por esta e outras razões é que acontece de nos sentirmos angustiados frente as tomadas de decisões, muitas vezes sentindo insegurança e medo das consequências de uma possível má escolha.

Nós, existencialistas, acreditamos que o momento da escolha seja um “salto de fé”, pois é neste instante que a pessoa se lança ao desconhecido. Ela escolhe sem saber quais serão as consequências deste ato, mas acredita ser essa a escolha certa. Quando nos deparamos com uma escolha que não deu certo, muitas vezes colocamos a culpa em outras pessoas, em situações do dia-a-dia, enfim, culpamos o mundo. Aí é o momento de repensarmos nossa posição como protagonistas da nossa história e que uma vez em que as escolhas foram feitas por nós, somos então os responsáveis por suas consequências.

Estamos realizando escolhas o tempo todo, das coisas mais simples como escolher uma roupa, o que comer, qual caminho tomar para ir ao trabalho, até as mais complexas como uma mudança de emprego ou uma separação. Não há forma de escapar delas, por isso aprender a lidar com as escolhas é essencial.

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Psicoterapia fenomenológico-existencial

Na Psicologia existem diferentes abordagens teóricas, ou seja, várias formas de perceber, compreender e trabalhar as questões psicológicas, sociais e comportamentais humanas. Uma delas é a chamada fenomenológico-existencial. Tem como base a filosofia e por ser muito próxima a ela pode ser considerada uma das abordagens psicológicas que busca com maior profundidade as questões que angustiam os pacientes, especialmente sobre escolhas e liberdade.

Terapeutas existenciais se preocupam em ajudar o paciente indo direto ao ponto que mais lhe causa sofrimento no momento em que procura a terapia. Questões do passado, principalmente a infância, serão temas que apenas serão abordados se forem pertinentes no momento de vida atual da pessoa ou pelo fato de fazer sentido no momento da sessão para estarmos conversando sobre essas lembranças passadas.

Na terapia fenomenológico-existencial vamos em busca do sentido das vivências do paciente alcançando a partir do presente seus objetivos futuros. Durante as sessões as angústia do dia-a-dia serão trabalhadas e superadas respeitando o tempo de cada pessoa. As escolhas serão repensadas e depois de refletidas todas as possibilidades, terapeuta  e paciente buscarão juntos encontrar a melhor escolha para cada situação. A liberdade dentro da terapia para alcançar objetivos ou superar as dificuldades também é sempre um foco de trabalho dentro da psicoterapia fenomenológico-existencial.

 

 

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